Disciplinas técnicas
Pranayama
A função respiratória é inerente à vida humana desde o nascimento. Mas a respiração consciente do Yoga proporciona mais energia e vitalidade e uma melhor distribuição dessa energia no corpo, podendo ser dirigida, de forma consciente, para a parte do corpo em que nos concentrarmos.
A respiração é a chave mestra para a concentração e meditação, além de criar mais saúde e bem-estar.Há diversos tipos de pranayamas, que são praticados consoante as fases de evolução do praticante.
Mantra
São sílabas em sânscrito, com ou sem musicalidade, que vocalizadas correctamente despertam níveis superiores de consciência. A recitação do Mantra cria uma frequência vibratória sonora que distribui a energia por todo o corpo, purificando os canais energéticos (nadies) e prepara a mente para a meditação.
O Mantra, para produzir efeito, deve ser repetido um número certo de vezes e para a sua contagem é usado um japa mala ou então a contagem pelos dedos. Pode ser feito de três formas diferentes:
Em voz alta - Vaikhari Japa;
Sussurrado - Upanshu Japa;
Mental - Manasik Japa.
Mudras
(Hastha Mudras)
São gestos feitos com as mãos. Podem descrever uma atitude física, emocional e mental, desencadeando um forte fluxo de energia. Contudo pode ser considerado mudra, um asana, um pranayama ou um bandha, dependendo da sua importância no yoga.
Os mudras abrem portas e dão acesso à concentração e meditação e mesmo a níveis superiores de consciência.
Bandhas
São chaves energéticas coadjuvantes em pranayamas adiantados, para conduzirem a energia (prana) para os chakras superiores. Têm a função de estimular o fluxo de prana e conduzi-lo para Sushunma nadie, o canal central, influenciando músculos, nervos, nadies e chakras, optimizando a energia disponível.
Yoganidra
Relaxamento completo, físico, emocional e mental, sempre consciente, esbatendo o stress e criando condições para uma melhor saúde e emoções positivas. Provoca uma regeneração celular e uma revitalização de todo o corpo (físico, emocional e mental). Desbloqueia chakras e nadies e abre as portas do Samadhi (Iluminação).
Meditação
O processo de meditação pode ser considerado um conjunto de patamares, que se vão conseguindo à medida que se avança na prática. Assim temos:
Pratyhara (Interiorização)
A consciência volta-se para dentro, abstraindo-se das sensações exteriores e mesmo internas, gerando um estado de clareza mental, sereno e atento.
Dharana (Concentração)
Quando a influência dos estímulos externos e a actividade mental são dominados e a mente se fixa numa só coisa, estamos em dharana.
Dhyana (Meditação)
É o prolongamento da concentração e surge quando se mantém um fluxo contínuo de atenção no objecto de concentração. Dhyana é a porta para o Samadhi, Iluminação ou Auto-Realização do Ser.
Asana
Posições físicas firmes e confortáveis, envolvendo o físico, emocional e mental. Requer concentração na sua execução, principalmente na área que estamos a trabalhar.
Trabalha todo o sistema muscular e osteo-articular, glandular e energético, promovendo a concentração, a purificação e abertura de canais energéticos (nadies).
O asana cria estabilidade física e mental.